24 de mar. de 2008

A história da Érika



Vou agora contar a história da minha cadela: A Érika.

A Érika Patusca Patinhas Lança, apesar de só ter três anos, já tem uma longa história.
Bem… a minha cadela ia ser morta!

Uma amiga da minha mãe, contou-nos que havia um senhor, que tinha uma cadela e a cadela teve filhos. O senhor como não queria os cachorros, ia abatê-los. Só dois sobreviveram, a Érika e uma irmã, que ficou com a amiga da minha Mãe.

Quando soubemos desta história ficámos cheios de pena dos cachorritos e dissemos que ficaríamos com um cão ou uma cadela. Ficámos com uma cadela. A amiga da minha mãe dizia que ela era linda: pelo preto, com uma mancha branca no peito e nas patinhas e que só tinha três dias de nascença. Ficámos todos contentes. Passados dois dias, já tinha-mos a Érika em casa.

A Érika teve de ser alimentada a biberão, tinha de adormecer junto a um saco de água quente para sentir que estava ao pé da mãe e acordava a gemer de três em três horas. Acordava a minha Mãe mais do que eu quando era bebé. Como se a minha Mãe fosse também mãe dela.

A Érika estava sempre ao pé de nós, mas a Veterinária dizia que ela era um cão da caça e que precisava de viver ao ar livre. Isso preocupava-me. Estava feliz por ter a companhia da Érika, mas também queria que ela fosse feliz e que pudesse correr no campo, em vez de estar o dia todo em casa.

Nas primeiras férias de Verão, em Santar (a terra dos meus avós maternos), a Érika ficou muito contente, pois tinha um grande espaço para correr. Depois de muito conversarmos, percebemos que era o melhor para ela, por isso deixámo-la lá, pois parecia mais feliz. Ficou com um dos nossos primos, o Beto, que é criador de cães, mas há noite ia dormir com um vizinho nosso. Fiquei descansada!

Passou um ano. No ano de 2007 fomos visitá-la na Páscoa e no Verão. Ficou toda contente, mas via-se que estava assustadiça e que não era bem tratada. Nessas férias, reparei que o sobrinho do nosso vizinho estava constantemente a dar-lhe pontapés, ela até tinha medo das pessoas, só estava feliz connosco. A Érika estava tão triste, que convenci os meus pais e os meus avós a trazê-la de volta.

Durante esse ano, a Érika teve três filhotes e eram todos muito bonitos. Ficaram com ela até serem independentes e depois foram oferecidos a vizinhos nossos, que os tratam muito bem e a Érika voltou connosco.

Desde aí, nunca mais nos separámos, nem o tenciono fazer.

Apesar de ser uma cadela de caça, que precisa de ar livre e de correr muito, é a cadela mais feliz que eu conheço, desde que está connosco.


















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